Nella serie dal titolo “para quem vê ouro nas borboletas” (a chi vede l’oro nelle farfalle) l’io perde i confini e il gesto che coinvolge tutti i sensi – dalla tattilità all’udito – si concretizza come incontro aperto, fusionale, nei confronti del mondo. Gli elementi naturali – sempre presenti nelle opere dell’artista – si concentrano in particolari come acqua, gocce di rugiada, foglie, alberi, rami di salice e evanescenti soffioni: effimeri haiku di pietra e polvere. Queste immagini sintetizzano una serie di opposizioni: alcuni dettagli fluttuanti ricordano l’appartenenza al campo immateriale; in altri le mani risaltano sul bianco in contrapposizione alla salda presa degli arti inferiori. Mani e piedi così come le figure erette, sommerse o sdraiate sostano in dimensioni diverse fra immanenza e trascendenza. In questa oscillazione di opposizioni l’opera si dà come elemento trascendente e ricompositivo.
No projeto “Para quem vê ouro nas borboletas” o eu perde fronteiras e o gesto que envolve todos os sentidos – do táctil à audição – assume a forma de um encontro aberto e fusional para o mundo. Os elementos naturais concentram-se em detalhes como água, gotas de orvalho, folhas, árvores, galhos de salgueiro e dentes-de-leão evanescentes: haicais efêmeros de pedra e poeira. Essas imagens sintetizam uma série de oposições: alguns detalhes flutuantes lembram pertencer ao campo imaterial; em outros, as mãos se destacam contra o branco em oposição ao aperto firme dos membros inferiores. As mãos e os pés, bem como as figuras erectas, submersas ou deitadas, encontram-se em diferentes dimensões entre a imanência e a transcendência. Nesta oscilação de oposições a obra apresenta-se como um elemento transcendente e recomposicional.
In the series entitled “para quem vê ouro nas borboletas” (to those who see gold in butterflies) the ego loses its boundaries and the gesture that involves all the senses – from tactility to hearing – materializes as an open, fusional encounter , towards the world. The natural elements – always present in the artist’s works – are concentrated in details such as water, dew drops, leaves, trees, willow branches and evanescent dandelions: ephemeral haikus of stone and dust. A series of oppositions is summarized in these images: some floating details belong to the immaterial field; in others, the hands stand out against the white in opposition to the firm grip of the lower extremities. Hands and feet as well as standing, submerged or lying figures are found in different dimensions between immanence and transcendence. In this oscillation of oppositions the work presents itself as a transcendent and recompositional element.
1. “tudo o que não si podi ver”
2. “o coração do mundo”
3. “para quem vê ouro nas borboletas”
4. “a canção da vida”
5. “l’unico suono al mondo”
6. “non ho mai smesso di parlarti”
7. “onde nacen as nascentes”
8. “trata-se de luz: A luz dos nossos olhos reflete a luz da estrela de onde veimos e para a qual estamos retornando”